Por: Renato Nabuco | @rncmportamental
“Temos duas mentes: uma que pensa e outra que sente”. – Daniel Goleman
O termo inteligência emocional faz parte da nossa rotina, está entre as competências comportamentais mais importantes, principalmente no mundo corporativo, mas infelizmente no mundo do futebol ainda existem obstáculos culturais e de certa forma falta de valorização, pois mesmo sabendo da importância, poucas pessoas procuram saber de fato o que é, como ter e como desenvolver!
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O termo foi utilizado pela primeira vez em 1966 em documentos do americano Hanskare Leuner, contudo, Daniel Goleman, foi o responsável pela expansão e divulgação do conceito com o seu livro “Inteligência Emocional”, em 1995. O escritor, psicólogo e PhD da Universidade de Harvard abordou o embate entre o QE e o QI nessa primeira obra.
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Goleman define inteligência emocional como uma maneira de entender os processos cognitivos para além do pensamento lógico e racional, com cinco principais elementos da inteligência emocional:
- Autoconsciência emocional: capacidade de compreender você mesmo e seus estados e ânimo;
- Autorregulação emocional: habilidade de controlar condutas baseadas em impulsos emocionais e, desse modo, se adaptar melhor as dinâmicas sociais;
- Automotivação: capacidade de orientar sua energia a uma meta ou objetivo;
- Empatia: qualidade de entender e viver como seu o estado emocional de outras pessoas;
- Habilidades sociais: tendência a dar a resposta mais adequada as demandas sociais do entorno.
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O desenvolvimento dessas competências deve ser uma grande prioridade no mundo atual sobretudo no futebol, afinal, além de ser uma característica que diferencia a humanidade das máquinas, pode ser uma grande vantagem na conquista de maiores e melhores resultados. Embora já seja muito requisitada, a tendência é que, cada vez mais os clubes procurem por profissionais e atletas com altos níveis de inteligência emocional. Isso de certa forma já acontece na Europa…
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DICA: Daniel Goleman e J. Freedman afirmam que 70-80% do SUCESSO na fase adulta provém da Inteligência Emocional. Para isso, você atleta que está na base, deve buscar o desenvolvimento da Inteligência Emocional para atender às suas necessidades, para identificar e reconhecer as emoções e saber o que está ocorrendo, o que está pensando, o que te faz e o que te causa sentir dessa forma, para que as suas tomadas de decisões dentro e fora do campo sejam mais assertivas.
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Para te ajudar a desenvolver a sua Inteligência Emocional e melhorar a sua performance, seguem 3 dicas infalíveis:
- Motivação – Todo atleta precisa entender qual o seu propósito naquilo que faz. Nesse sentido, algumas perguntas reflexivas podem ajudar: O que eu quero? O que me impulsiona? Onde está a força que me move?
- Autopercepção – Para melhorar seu desempenho, você deve utilizar a autopercepção a seu favor. Ou seja, deve procurar entender quais as emoções que sente em determinados momentos. Por exemplo, quais os sentimentos que ficam mais evidentes nos momentos decisivos Como você lida com essa situação?
- Autorregulação – Lidar com os próprios estados interiores, impulsos e recursos é extremamente necessário. Aprender a controlar as emoções, bem como suas reações, pode te aproximar das conquistas, te deixando um passo à frente dos atletas que só possuem habilidades técnicas e físicas.
RENATO NABUCO é profissional de Educação Física, formado há mais de 15 anos, com especialização em Psicologia do Esporte, além de formação em Coaching e Liderança Coach.
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