Por Michel Rafaela
A qualidade do sono influencia diretamente o desempenho e o processo de recuperação.
No esporte de alto rendimento, o estresse físico e psicológico pode ser influenciado pelas elevadas cargas de treinamento, viagens longas, amplitude nos horários de treinamentos e partidas, assim como também o estresse psicossocial advindo da busca por melhores resultados.
Com isso, os atletas experimentam uma rotina de grande variabilidade inter ou intra individual sobre a qualidade do sono, explicando a predominância do sono de baixa qualidade e insuficiente (< 7 horas).
Além disso, a literatura associa a quantidade de horas de sono com risco de lesões (dormir em média < 8 horas por noite = 1,7 vezes mais risco de sofrer lesões comparado à 8 horas ou mais horas por noite). Ainda, nesse sentido, outras pesquisas mostraram atletas que dormiram > 8 horas durante a semana, apresentaram menores probabilidades de lesões (< 60%).
Em virtude disso, especialistas recomendam oscilação entre 8 e 10 horas de sono para adolescentes e, entre 7 e 9 horas para adultos saudáveis, entretanto, alguns atletas podem apresentar uma demanda maior em quantidade de horas para se recuperarem das demandas físicas e psicológicas associadas ao esporte.
Logo, é importante conciliar um sono reparador, adotando diferentes hábitos de higiene de sono, evitando estimulantes (cafeína, álcool, etc.) e comida com digestão mais lenta próximo ao horário de dormir.
Além disso, aderir à exposição à luz natural do dia, oferecer uma rotina relaxante antes de dormir (exercícios de respiração ou meditação, reduzir a o tempo de exposição às telas de dispositivos antes de dormir, manter um ambiente escuro, tranquilo e com temperaturas agradáveis).
Considerando isso, o sono é importante para a saúde do cérebro e dos demais órgãos que estão relacionados com a memória, funções cognitivas, processos de aprendizagem, metabolismo energético e as respostas imunológicas.
